A Ética do cuidado
A Ética do cuidado
- EditoraCONTRACORRENTE
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Em acurada tradução de Ercilene Vita, a obra de Brugère, na contramão da cultura neoliberal do empreendedorismo e da independência, propõe uma ousada revolução teórico-prática em que a atenção para com os outros e a responsabilidade social dos indivíduos e do Estado assumem o protagonismo, de modo que todas as formas de vulnerabilidade – dos migrantes à natureza, das mulheres às pessoas com deficiência, dos condenados pela justiça aos idosos – possam ser devidamente cuidadas.
A autora constrói sua argumentação sobretudo a partir dos textos norte-americanos fundadores da ética do cuidado e de três grandes eixos: as novas vozes a serem ouvidas em um mundo tão plural e a constatação das desigualdades de gênero; o cuidado para com a vulnerabilidade e as grandes dependências; e a reivindicação de políticas públicas para a promoção de uma igualdade real entre mulheres e homens e dos novos regimes de proteção.
Nas palavras da própria autora, “o cuidar supõe uma atenção a todas as vidas e a todos os seres que povoam o mundo. Essa definição bastante ampla – que reagrupa um certo número de atitudes, a capacidade de assumir responsabilidades, o trabalho do cuidado e a satisfação das necessidades – faz do cuidado uma atividade central e essencial da vida humana: a experiência do cuidado adquire, nesse sentido, um tipo de universalidade, porém essa universalidade não é de forma alguma abstrata, pois caracteriza o tipo de relação que convém ter com um ser singular, um elemento natural ou um objeto, a partir do momento em que se reconhece o seu pertencimento a um mundo vulnerável (…). Nesse sentido, é pertinente conferir à ética do cuidado uma consistência ontológica. Na realidade, uma ontologia do cuidado se baseia em uma crítica a todas as formas de poder, sejam elas naturais ou fabricadas pelo homem, em favor de tudo que merece proteção, atenção e que sempre corre o risco do apagamento e da desaparição”.
A autora constrói sua argumentação sobretudo a partir dos textos norte-americanos fundadores da ética do cuidado e de três grandes eixos: as novas vozes a serem ouvidas em um mundo tão plural e a constatação das desigualdades de gênero; o cuidado para com a vulnerabilidade e as grandes dependências; e a reivindicação de políticas públicas para a promoção de uma igualdade real entre mulheres e homens e dos novos regimes de proteção.
Nas palavras da própria autora, “o cuidar supõe uma atenção a todas as vidas e a todos os seres que povoam o mundo. Essa definição bastante ampla – que reagrupa um certo número de atitudes, a capacidade de assumir responsabilidades, o trabalho do cuidado e a satisfação das necessidades – faz do cuidado uma atividade central e essencial da vida humana: a experiência do cuidado adquire, nesse sentido, um tipo de universalidade, porém essa universalidade não é de forma alguma abstrata, pois caracteriza o tipo de relação que convém ter com um ser singular, um elemento natural ou um objeto, a partir do momento em que se reconhece o seu pertencimento a um mundo vulnerável (…). Nesse sentido, é pertinente conferir à ética do cuidado uma consistência ontológica. Na realidade, uma ontologia do cuidado se baseia em uma crítica a todas as formas de poder, sejam elas naturais ou fabricadas pelo homem, em favor de tudo que merece proteção, atenção e que sempre corre o risco do apagamento e da desaparição”.
Características | |
Autor | Fabienne Brugère |
Biografia | Em acurada tradução de Ercilene Vita, a obra de Brugère, na contramão da cultura neoliberal do empreendedorismo e da independência, propõe uma ousada revolução teórico-prática em que a atenção para com os outros e a responsabilidade social dos indivíduos e do Estado assumem o protagonismo, de modo que todas as formas de vulnerabilidade – dos migrantes à natureza, das mulheres às pessoas com deficiência, dos condenados pela justiça aos idosos – possam ser devidamente cuidadas. A autora constrói sua argumentação sobretudo a partir dos textos norte-americanos fundadores da ética do cuidado e de três grandes eixos: as novas vozes a serem ouvidas em um mundo tão plural e a constatação das desigualdades de gênero; o cuidado para com a vulnerabilidade e as grandes dependências; e a reivindicação de políticas públicas para a promoção de uma igualdade real entre mulheres e homens e dos novos regimes de proteção. Nas palavras da própria autora, “o cuidar supõe uma atenção a todas as vidas e a todos os seres que povoam o mundo. Essa definição bastante ampla – que reagrupa um certo número de atitudes, a capacidade de assumir responsabilidades, o trabalho do cuidado e a satisfação das necessidades – faz do cuidado uma atividade central e essencial da vida humana: a experiência do cuidado adquire, nesse sentido, um tipo de universalidade, porém essa universalidade não é de forma alguma abstrata, pois caracteriza o tipo de relação que convém ter com um ser singular, um elemento natural ou um objeto, a partir do momento em que se reconhece o seu pertencimento a um mundo vulnerável (…). Nesse sentido, é pertinente conferir à ética do cuidado uma consistência ontológica. Na realidade, uma ontologia do cuidado se baseia em uma crítica a todas as formas de poder, sejam elas naturais ou fabricadas pelo homem, em favor de tudo que merece proteção, atenção e que sempre corre o risco do apagamento e da desaparição”. |
Comprimento | 19 |
Edição | 1 |
Editora | CONTRACORRENTE |
ISBN | 9786553960862 |
Largura | 12 |
Páginas | 144 |